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sábado, 27 dezembro, 2025
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Agência Ideia Goiás – Três em cada dez paulistanos têm apneia do sono, diz pesquisa

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Agência Ideia Goiás - Três em cada dez paulistanos têm apneia do sono, diz pesquisa
Agência Ideia Goiás - Três em cada dez paulistanos têm apneia do sono, diz pesquisa. Imagem/Freepik

Estudo realizado pelo Instituto do Sono, em São Paulo, revela que 42% dos paulistanos roncam três vezes por semana ou mais. O barulho intenso provocado pelo ronco que gera brigas familiares e piadas entre amigos pode esconder doenças como a apneia obstrutiva do sono, que provoca várias pausas na respiração, resultando na fragmentação de sono, sonolência diurna, cansaço, alterações da memória e de humor. Segundo o mesmo estudo, 32,9% dos paulistanos têm apneia do sono.

De acordo com a médica otorrinolaringologista Sandra Doria Xavier, do Instituto do Sono, fatores como idade avançada, obesidade, mudanças hormonais e alterações nas estruturas das vias aéreas superiores são fatores de risco para o problema. Este distúrbio de sono aumenta o risco para doenças metabólicas e cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

“Quando dormimos, a respiração deve ser silenciosa. Caso contrário, é preciso identificar se existe só barulho ou se há associação com alguma enfermidade”, explica a médica.

O ronco também pode ser sintoma de condições que causam a obstrução das vias aéreas, como pólipos no nariz, adenoide aumentada, queixo retraído e arcada dentária estreita. Nos adultos, roncos podem ser provocados por quadros de rinite, sinusite, desvio de septo, alterações na laringe, entre outras.

Nas crianças, o ruído é causado, na maior parte das vezes, por aumento das amígdalas ou da adenoide, que são órgãos de defesa do organismo, mas, quando muito aumentados, podem prejudicar a saúde em vez de ajudar no combate a agentes infecciosos.

Apneia

Uma das principais condições que provocam o ronco, a apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução completa ou parcial do fluxo de ar nas vias respiratórias, enquanto a pessoa dorme. Quando isso acontece, a pessoa pode roncar alto ou causar ruídos sufocantes enquanto tenta respirar, já que o corpo não recebe oxigênio adequadamente. Se não for tratada, a apneia obstrutiva do sono é fator de alto risco para o aparecimento de problemas como hipertensão arterial, doenças cardíacas e diabetes tipo 2, depressão, entre outras.

Segundo a especialista, roncar pontualmente nem sempre é sinônimo de doença. O problema pode ocorrer em qualquer indivíduo saudável que, por algum problema temporário, tenha suas vias aéreas obstruídas. É o caso das pessoas acometidas por gripe e crises de rinite e sinusite. O consumo de bebidas alcoólicas, medicações sedativas e relaxantes musculares também pode contribuir para aumentar a flacidez da musculatura da região da garganta.

“O grande vilão da história do ronco é o aumento de peso, que foi muito comum na pandemia. As pessoas ganharam peso e passaram a roncar”, afirma Sandra Doria Xavier.

O sobrepeso e a obesidade favorecem o problema, porque o tecido gorduroso no pescoço faz com que o ar não transite de forma linear, o chamado turbilhonamento na via aérea, e o surgimento do barulho. Paralelamente, propicia o estreitamento da garganta, levando à apneia.

A segunda condição que favorece o ronco é a idade avançada. Assim como torna os músculos dos braços e das pernas mais flácidos, o envelhecimento provoca a perda do tônus muscular e do colágeno nas vias aéreas. A flacidez da musculatura facilita a vibração dos tecidos e, consequentemente, o surgimento de ruídos com a passagem do ar.

Pessoas do sexo masculino são mais propensas ao ronco, por fatores hormonais e da anatomia das vias aéreas. No entanto, com a menopausa, as mulheres perdem a proteção dos hormônios femininos. Os músculos da garganta enfraquecem, o que aumenta o risco de ronco. De acordo com a Fundação Nacional do Sono, a proporção de pessoas com ronco nos Estados Unidos é de 57% de homens e 40% de mulheres.

Diagnóstico e tratamento

Para diagnosticar o ronco, especialistas utilizam um estudo do sono chamado polissonografia, que monitora os parâmetros de sono e da respiração. O exame permite ao médico diferenciar o ronco primário da apneia. Entre os tratamentos estão a redução de peso, atividade física, diminuição do consumo de álcool e a eliminação de medicamentos que possam aumentar o relaxamento da musculatura.

O ronco também pode ser tratado com a fonoterapia da via aérea, o uso de aparelhos intraorais ou de aparelhos de pressão positiva e até procedimentos cirúrgicos nas vias aéreas.

“No passado, todo paciente que roncava ganhava uma cirurgia do ronco. Com tempo, verificou-se que a taxa de sucesso é muito baixa e os otorrinos ficaram mal vistos. Atualmente, as faringoplastias somente são indicadas no exame físico, quando encontrarmos amígdalas grandes, palato grande ou sinais de que, possivelmente, o paciente realmente vai se beneficiar com a cirurgia”, argumentou.

Sem reclamações

Mesmo pessoas que não sabem se roncam podem identificar o problema por outros sintomas, como a boca seca e acordar cansado de manhã, sonolência, dificuldade de manter o sono, falta de atenção ou acordar com dor de cabeça. Além do suporte médico, há aplicativos para celular que verificam a qualidade do sono ou a existência de roncos.

A especialista em sono alerta que, apesar de queixas familiares e piadas, o tratamento do ronco deve ser feito para aumentar a qualidade de vida da própria pessoa e não de outros. “O ronco não é um problema do outro. Tratar o ronco não é ajudar o outro a viver melhor. Na realidade, é uma atenção em si mesmo. Tratar o ronco é para a pessoa dormir melhor, ter mais qualidade de vida e, por consequência, minimizar os fatores de risco que advém da apneia do sono não resolvida”, disse.

Agência Ideia Goiás – Ministério da Saúde lança guia para médicos sobre gestantes e bebês

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Agência Ideia Goiás - Ministério da Saúde lança guia para médicos sobre gestantes e bebês
Agência Ideia Goiás - Ministério da Saúde lança guia para médicos sobre gestantes e bebês. Imagem/Freepik

Alterações estruturais ou funcionais no desenvolvimento de bebês durante a gestação e que podem ser detectadas durante ou após o nascimento estão no Guia prático: diagnóstico de anomalias congênitas no pré-natal e ao nascimento. Segundo o Ministério da Saúde, responsável pela publicação direcionada aos médicos, o diagnóstico é fundamental não só para orientar o cuidado e atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), mas também para buscar diminuir os impactos dessas condições na vida de pacientes e seus familiares. Além disso, se detectadas em tempo, algumas dessas alterações podem ser prevenidas.

Números

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que aproximadamente 295 mil recém-nascidos morrem por ano em decorrência dessas condições. “No Brasil, elas já representam a segunda principal causa de mortalidade infantil. Conforme dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), são notificados no país, anualmente, cerca de 24 mil nascidos vivos com alterações congênitas (menos de 1% de todos os nascidos vivos)”, destacou o Ministério da Saúde.

O guia foi elaborado pelo Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, em conjunto com especialistas na área de genética médica. Entre os tópicos abordados está, por exemplo, a apresentação de avaliações e exames que podem ser feitos durante o pré-natal para o diagnóstico de anomalias congênitas.Também estão na publicação:

Características da gestante e gestação que podem representar fatores de risco para anomalias congênitas;

Descrição das anomalias congênitas que podem ser detectadas por meio do exame físico detalhado do recém-nascido; a

Anomalias congênitas consideradas prioritárias para a vigilância ao nascimento no país e como diagnosticá-las, incluindo fotos e ilustrações;

Apresentação de ferramentas de apoio para o diagnóstico de anomalias congênitas no nascido vivo;

Orientações de como deve ser feita a notificação das anomalias congênitas ao nascimento;

Descrição de algumas das principais medidas de prevenção de anomalias congênitas.

Agência Ideia Goiás – Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória

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Agência Ideia Goiás - Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória
Agência Ideia Goiás - Notificação de casos da varíola dos macacos passa a ser obrigatória. Imagem/Freepik

O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades, em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença.

A medida consta da Portaria nº 3.418, publicada no Diário Oficial da União. Assinada pelo ministro Marcelo Queiroga, a norma estabelece que os casos devem ser relatados diretamente ao Ministério da Saúde.

Causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), a doença foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em julho deste ano. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em vários países.

No Brasil, o primeiro diagnóstico foi confirmado no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG).

Segundo o boletim epidemiológico que o Ministério da Saúde divulgou no fim da tarde desta quarta-feira (31), o Brasil já contabiliza a 5.037 casos confirmados da doença, além de outros 5.391 suspeitas sob investigação. A maior parte dos doentes está no estado de São Paulo, onde, até ontem, 3.001 casos já tinham sido confirmados. Em seguida vêm o Rio de Janeiro (675) e Minas Gerais (278) – estados onde ocorreram as duas mortes pela doença já registradas no país.

Causada por um vírus, a Varíola dos Macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada cuja pele esteja lesionada. O contágio pode se dar por abraços, beijos, massagens ou relações sexuais. A doença também pode ser transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.

Entre os principais sintomas da varíola dos macacos estão as erupções cutâneas ou lesões na pele; ínguas; febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio e fraqueza. O ministério recomenda que as pessoas consultem um médico caso notem qualquer um destes sinais.

Na maioria dos casos, os pacientes apresentam sintomas leves, para os quais não há tratamento específico, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. Porém, na semana passada, começaram a chegar ao país os primeiros tratamentos medicamentosos prescritos para pacientes com risco de desenvolver formas graves da doença (pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade).

Agência Ideia Goiás – ANS divulga tecnologias que deverão ser ofertadas por planos de saúde

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Agência Ideia Goiás - ANS divulga tecnologias que deverão ser ofertadas por planos de saúde
Agência Ideia Goiás - ANS divulga tecnologias que deverão ser ofertadas por planos de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu incluir cinco novas tecnologias voltadas para tratamentos de câncer de ovário e fígado no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Ao todo, em 2022, foram incluídos 10 procedimentos e 20 medicamentos.

Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde reúne os procedimentos aos quais os beneficiários dos planos de saúde têm direito. Tratam-se de procedimentos considerados indispensáveis ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças.

As novas inclusões anunciadas são: Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG), um dispositivo usado para o tratamento de sangramento uterino anormal; teste genético de mutação do gene BRCA, necessário para identificar as mulheres elegíveis ao tratamento oncológico com o medicamento olaparibe; e, radioembolização hepática, que é um procedimento em radioterapia usado para o tratamento de carcinoma hepatocelular em estágio intermediário ou avançado.

Foi incluído ainda olaparibe para dois tipos de cânceres em mulheres: tratamento de manutenção de pacientes adultas com carcinoma de ovário seroso ou endometrioide, de alto grau, recidivado, sensível à quimioterapia baseada em platina; e tratamento de manutenção de pacientes adultas com carcinoma de ovário, recentemente diagnosticado, de alto grau, avançado, que respondem à quimioterapia em primeira linha.

De acordo com a ANS, as propostas de atualização do rol foram recebidas por formulário eletrônico, disponível no site da ANS, e debatidas nos meses de junho e agosto.

Outras duas tecnologias sugeridas foram analisadas, mas tiveram a recomendação final desfavorável para inclusão ao Rol: implante subdérmico hormonal de etonogestrel para contracepção e a radioembolização hepática para câncer colorretal metastático.