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Varíola dos macacos: Fiocruz solicita registro de dois kits moleculares

Fiocruz solicita registro de dois kits moleculares da varíola dos macacos.

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Informações sobre varíola dos macacos: O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) da Fundação Osvaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o registro de dois kits de diagnóstico molecular do vírus da varíola dos macacos. O vírus é considerado uma emergência internacional de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a Anvisa recebeu cinco solicitações para registrar kits de diagnóstico para a doença.

Um kit feito pela Fiocruz, chamado Monkeypox Molecular Kit (MPXV), conseguiu identificar duas cepas do vírus que circulam no continente africano. Apenas um deles, a África Ocidental, é responsável por surtos em outros continentes.

Como funciona o teste para varíola dos macacos

O teste é do tipo PCR e pode identificar o DNA de ambos os vírus a partir de amostras de erupções cutâneas de indivíduos suspeitos de estarem infectados.

O segundo kit, depositado para registro no Brasil, é utilizado para diagnóstico diferencial, o que exclui outras possibilidades de diagnóstico de vírus relacionados.

Com o teste, será possível empregar dois protocolos: No protocolo 1, pelo teste MPXV, são realizadas a detecção e tipagem da varíola dos macacos. No caso de teste negativo, a Opção 2 aumenta a possibilidade de usar um teste diferencial para esclarecer o diagnóstico. Segundo a Fiocruz, isso é importante para a vigilância epidemiológica no Sistema Único de Saúde (SUS).

Além de desenvolver e exigir o registro dos testes, Bio-Manguinhos já produziu o suficiente para realizar 12 mil testes em casos suspeitos e afirma poder ampliar a produção desses kits sem comprometer o fornecimento de outros produtos. pasta.

Para Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz, cadeias produtivas mais eficientes e arranjos produtivos locais fortalecidos contribuem para a autonomia do país em insumos essenciais para o enfrentamento dos problemas de saúde pública.

O que é varíola dos Macacos 

Monkeypox é transmitido pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (transmissão de um vírus de animais para humanos) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, mas com sintomas clínicos mais leves. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da varíola dos macacos geralmente é de 6 a 13 dias, mas pode ser de 5 a 21 dias.

O nome monkeypox vem de um vírus descoberto pela primeira vez em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970. Atualmente, conforme esclarece a Organização Mundial da Saúde, o tipo de doença a que a maioria dos animais é suscetível a essa varíola são os roedores, como camundongos e marmotas.

A transmissão ocorre através do contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, de acordo com a agência de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas que tiveram contato físico próximo com um caso sintomático.

O contato próximo com pessoas infectadas ou material contaminado deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar de uma pessoa doente, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

 

Sintomas da Varíola dos Macacos:

A OMS descreve diferentes quadros de sintomas para casos suspeitos, prováveis ​​e confirmados. Pústulas (vesículas) agudas e inexplicáveis ​​na pele em pessoas de qualquer idade e em países onde a varíola dos macacos não é endêmica são agora consideradas casos suspeitos. Se a condição for acompanhada de dor de cabeça, febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza extrema, são necessários exames para confirmar ou descartar o distúrbio.

Os casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos casos suspeitos, como contato corpo a pele ou lesões cutâneas, contato sexual ou contato com material contaminado nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas. Além disso, na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus, histórico de viagem a um país endêmico ou contato próximo com uma pessoa potencialmente infectada durante o mesmo período e/ou resultado de teste sorológico positivo para ortopoxvírus.

Um caso confirmado ocorre quando o vírus da varíola do macaco é confirmado laboratorialmente por exame e/ou sequenciamento de PCR em tempo real (reação em cadeia da polimerase).

Os surtos de Monkeypox, que foram confirmados em 16 países e várias regiões do mundo, permanecem sob controle, com a OMS garantindo na terça-feira (22/5/24) que o risco de transmissão é baixo.

Vacinas – As vacinas tradicionais contra a varíola também são eficazes contra a varíola, mas a Organização Mundial da Saúde explica que pessoas com 50 anos ou menos podem ser mais suscetíveis por causa das campanhas de vacinação contra a varíola em todo o mundo depois que a doença foi erradicada em 1980.

A agência está comprometida em examinar os estoques atuais de vacinas contra a varíola para ver se eles precisam ser atualizados.

A prevenção e o controle dependem da conscientização da comunidade e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão.

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