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sexta-feira, 26 dezembro, 2025
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Agência Ideia Goiás – Sífilis: entenda como acontece a transmissão e prevenção

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Agência Ideia Goiás - Sífilis entenda como acontece a transmissão e prevenção
Agência Ideia Goiás - Sífilis entenda como acontece a transmissão e prevenção. Imagem/Freepik

Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, o Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção contra essa infecção sexualmente transmissível. Testes, diagnóstico e tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). É uma doença de fácil propagação e, quando diagnosticada, deve ser tratada de forma precoce e adequada para que não atinja a forma mais grave. Nesse contexto, a farmacêutica e consultora técnica da Pasta, Pâmela Gaspar, respondeu algumas perguntas frequentes para sanar dúvidas sobre o assunto.

MS: O que é sífilis?

PG: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada por uma bactéria que se chama Treponema pallidum. A infecção possui diversos estágios: os que apresentam sinais e sintomas e os que ocorrem de maneira assintomática.

É importante ressaltar que, a exemplo da sífilis, o termo “doenças sexualmente transmissíveis” foi alterado pelo Ministério da Saúde para “infecções sexualmente transmissíveis”, justamente para alertar a população de que pode existir uma infecção sem que, necessariamente, haja uma doença visível. Mesmo assintomática, uma pessoa pode transmitir e apresentar consequências graves decorrentes da infecção.

MS: Existe mais de um tipo de sífilis?

PG: Não. Existe apenas um tipo de sífilis. O que pode mudar é o estágio, ou seja, a classificação, de acordo com os sinais, sintomas e o tempo desde quando contraiu a infecção. Dessa forma, pode ser classificada entre sífilis primária, sífilis secundária, sífilis latente e sífilis terciária. Mas é tudo uma sífilis só.

MS: Como ocorre a transmissão?

PG: A principal forma de transmissão é a sexual, tanto vaginal quanto oral ou anal. Outra forma de transmissão, que também é muito importante destacar, é a transmissão da mãe para a criança, durante a gestação. Uma pessoa, mesmo assintomática, pode estar transmitindo a doença sem saber.

MS: Como sei que estou com sífilis? Qual o sinal ou sintoma mais frequente?

PG: Para saber se uma pessoa está com sífilis, ela deve buscar uma Unidade de Saúde para fazer o teste. Essa pessoa pode estar com a infecção, mas não apresentar nenhum sintoma. Quando os sinais estão presentes, ela pode ter diversas manifestações clínicas, de acordo com o estágio da doença:

  • Na primária, aparece uma úlcera, uma ferida (o cancro duro), que é o local onde a bactéria Treponema pallidum entrou no organismo do indivíduo. Ela geralmente não dói e não coça. Então, pode passar desapercebida, principalmente no caso das mulheres. Essa ferida ocorre frequentemente na vagina e no pênis.
  • Na sífilis secundária, aparecem manchas. Podem ser manchas vermelhas em todo o corpo, principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Ela também pode estar associada com uma febre baixa, mal-estar e dor de cabeça. Essas manifestações são comuns em outras doenças, sendo muito difícil, portanto, identificar a sífilis. Por isso, a sífilis é conhecida como “grande imitadora”.
  • Depois a sífilis pode entrar na fase latente, quando não tem a presença de nenhum sintoma. Esses sinais podem ter desaparecido, mesmo que não tenha ocorrido nenhum tratamento nas fases anteriores.
  • Seguindo a evolução da sífilis, depois de um período de latência, quando não tratada, ela pode evoluir para um caso mais grave, que é a sífilis terciária, podendo ocorrer acometimento no sistema nervoso central e também no sistema cardiovascular, dentre outras partes do organismo.

MS: Como é feito o diagnóstico da infecção?

PG: O diagnóstico da sífilis é realizado por um profissional de saúde a partir da avaliação dos resultados dos testes diagnósticos, também dos sinais e sintomas, se presentes, e do histórico de exposição ao risco da sífilis, como a prática sexual sem preservativo.

Os testes rápidos para sífilis estão disponíveis em todas as Unidades de Saúde do SUS e são de fácil execução. Eles são realizados por meio de uma gota de sangue coletada da ponta do dedo da pessoa e o resultado é liberado em até 30 minutos, ou seja, o resultado fica disponibilizado na hora. Quando necessário, o SUS também oferta os testes laboratoriais para sífilis, como é o caso do VDRL.

MS: Existe tratamento disponível no SUS?

PG: Sim. O tratamento para sífilis é a penicilina, a penicilina benzatina. Ela está disponível em todas as Unidades de Saúde do SUS, juntamente com os testes rápidos e de maneira gratuita.

MS: Tive sífilis e me curei, posso pegar pela segunda vez?

PG: Sim, você pode pegar a sífilis sempre que tiver contato com a bactéria. Uma, duas, três vezes. Por isso, é importante o uso do preservativo em todas as relações sexuais para prevenção, tanto da sífilis, quanto das demais infecções sexualmente transmissíveis.

MS: Quais as possíveis complicações da sífilis congênita?

PG: A sífilis pode ser transmitida durante a gestação, quando a mãe não foi diagnosticada e não foi tratada adequadamente, durante o pré-natal, ocasionando a sífilis congênita. Ela pode trazer várias consequências graves ao bebê, como aborto, parto prematuro, morte ao nascimento, além de graves consequências nos ossos, cérebro, olhos e também pode levar à morte, em grande parte dos casos.

É muito importante que as gestantes realizem o teste de sífilis no pré-natal, que preferencialmente ocorra durante o primeiro trimestre e que repita esse teste no terceiro trimestre. Caso dê positivo, o tratamento deve ser realizado imediatamente. O parceiro também deve ser tratado para que não ocorra a reinfecção dessa gestante e a transmissão da sífilis para o bebê.

Não podemos deixar de mencionar a importância do pré-natal do parceiro. Todo mundo, todo parceiro, deve realizar e ele está disponível nas Unidades Básicas de Saúde do SUS.

MS: Qual a melhor forma de prevenção?

PG: O uso de preservativo é a melhor forma de prevenção, tanto para a sífilis quanto para as demais infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, é muito importante que a pessoa vá regularmente a uma Unidade de Saúde para realização do teste e fazer o tratamento, se positivo, e obter a cura, porque a sífilis tem cura. Assim, é possível evitar as consequências da doença para sua saúde e também interromper a cadeia de transmissão.

Agência Ideia Goiás – Entenda a importância da alimentação adequada para a saúde da boca

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Agência Ideia Goiás - Entenda a importância da alimentação adequada para a saúde da boca
Agência Ideia Goiás - Entenda a importância da alimentação adequada para a saúde da boca. Imagem/Freepik

Uso de fio dental, escovação regular dos dentes e visita periódica ao dentista. Esses são alguns cuidados já conhecidos para a manutenção da saúde bucal. Mas garantir a saúde da boca demanda ações para além da higienização: é preciso estar atento ao que ingerimos durante as refeições. Na semana do Dia Nacional da Saúde Bucal, o Ministério da Saúde reforça a importância da atenção quanto aos alimentos consumidos.

É por meio da alimentação que obtemos a maior parte dos nutrientes e minerais que constituem os tecidos do corpo, inclusive os dentes e a gengiva. Nesse sentido, a alimentação baseada no consumo exagerado de açúcares e alimentos ultraprocessados, como bolachas recheadas, salgadinhos de amido de milho, balinhas, pirulitos e chicletes, por exemplo, pode causar doenças bucais, como a cárie dentária.

A cárie é uma doença crônica não transmissível que ocasiona perda dos minerais do dente pela presença de biofilme oral não saudável. Inicialmente, forma-se uma placa bacteriana sobre o dente. Sem tratamento, a lesão progride e pode atingir tecidos mais profundos, causando dor e outras consequências mais graves.

O consumo de alimentos ultraprocessados também pode ocasionar a erosão dentária, que é a perda do esmalte dental, camada superficial do dente, causando consequências funcionais e estéticas, como aumento da sensibilidade dentária.

Sendo assim, é importante dar preferência a alimentos que são amigos dos dentes. Alimentos in natura ou minimamente processados não apresentam os ingredientes de produtos ultraprocessados.

Uma forma prática de distinguir ultraprocessados de processados é consultando a lista de ingredientes que, por lei, deve constar nos rótulos dos alimentos embalados e que possuem mais de um ingrediente.

Os alimentos ultraprocessados são ricos em açúcar, gordura, sódio ou contém edulcorantes. É exclusiva desse tipo de alimento a presença de substâncias de nenhum ou raro uso culinário (açúcar invertido, frutose, xarope de milho, glúten, fibra solúvel ou insolúvel, maltodextrina, proteína isolada de soja, óleo interesterificado) e de aditivos cosméticos alimentares (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor, emulsificantes, espessantes, adoçantes).

É fundamental optar por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados. Não troque as preparações culinárias como caldos, sopas, saladas, arroz e feijão por produtos ultraprocessados como “sopas de pacote”, “macarrão instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios e embutidos, maioneses e molhos industrializados, misturas prontas para tortas. Prefira as frutas de sobremesa, dispensando as sobremesas ultraprocessadas.

Para manutenção da saúde bucal, leia mais recomendações no Guia Alimentar para a População Brasileira.

Agência Ideia Goiás – Frutas são fonte de fibras, vitaminas, minerais e contribuem para a prevenção de doenças

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Agência Ideia Goiás - Frutas são fonte de fibras, vitaminas, minerais e contribuem para a prevenção de doenças
Agência Ideia Goiás - Frutas são fonte de fibras, vitaminas, minerais e contribuem para a prevenção de doenças. Imagem/Freepik

Assim como as verduras e legumes, o grupo das frutas possui grande variedade no Brasil: abacate, abacaxi, abiu, açaí, acerola, ameixa, amora, araçá, araticum, atemoia, banana, bacuri, cacau, cagaita, cajá, caqui, carambola, ciriguela, cupuaçu, figo, fruta-pão, goiaba, graviola, figo e jabuticaba são alguns exemplos.

A semelhança entre frutas, legumes e verduras também vale para o plantio. Quando produzidos em sistemas agroecológicos são mais saborosos, preservam o meio ambiente e promovem saúde. As frutas variam quanto ao preço e ao sabor, de acordo com a localidade em que estão sendo produzidas e ao período da safra, ou seja, normalmente possuem menor preço e mais sabor quando cultivadas localmente e adquiridas no período de safra.

Frutas são excelentes fontes de fibras, vitaminas, minerais e vários compostos que contribuem para a prevenção de doenças. Segundo a nutricionista do ambulatório de cirurgia bariátrica do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília/DF, Mariana Melendez, as frutas “são alimentos que ajudam a regular o intestino”.

Sucos naturais nem sempre proporcionam os mesmos benefícios da fruta inteira. Fibras e muitos nutrientes podem ser perdidos durante o preparo, por isso, é melhor consumi-las inteiras.

Elas podem ser consumidas frescas ou secas (desidratadas), como parte das refeições principais ou como pequenas refeições. Nas refeições principais, são componentes importantes do café da manhã e no almoço e no jantar podem ser usadas em saladas ou como sobremesas. De acordo com o “Guia Alimentar para a População Brasileira”, quando ingeridas com casca, as frutas precisam passar por processo de higienização, assim como os legumes e as verduras.

Higienização

A higienização adequada é essencial para garantir a qualidade do alimento, em especial, quando consumidos crus, pois podem estar contaminados por micro-organismos que causam doenças. Assim, antes de serem preparados e consumidos, devem ser lavados em água corrente e colocados em um recipiente com água adicionada de hipoclorito de sódio.

O rótulo do hipoclorito informa a quantidade a ser utilizada e o tempo em que os alimentos devem ficar de molho. Deixar o alimento de molho em solução de vinagre não tem a mesma capacidade de eliminar os micro-organismos causadores de doenças.

Cuidado com alimentos ultraprocessados

Sucos e bebidas à base de fruta fabricados pela indústria são, em geral, feitos de extratos, adicionados de açúcar refinado ou adoçantes artificiais, entre outros aditivos e tendem a ser alimentos ultraprocessados e devem ser evitados.

Da mesma forma, frutas inteiras adicionadas de açúcar, como as cristalizadas ou em calda. Elas até preservam grande parte dos nutrientes do alimento in natura, mas o processamento aumenta muito o nível de açúcar e, como outros alimentos processados, devem ser consumidas em pequenas quantidades, como parte de preparações culinárias ou de refeições onde predominem alimentos in natura ou minimamente processados.

Alimentação saudável

Durante o mês de outubro, em razão do Dia Mundial da Alimentação, o Ministério da Saúde disponibiliza uma série de vídeos sobre hábitos alimentares em cada etapa da vida, por meio do canal no Youtube.

Receitas

Para conhecer receitas e formas de preparo dos alimentos in natura ou minimamente processados que valorizam a cultura alimentar brasileira, acesse a publicação “Na cozinha com as frutas, legumes e verduras”.

Segundo o Ministério da Saúde, a valorização e o incentivo do consumo de frutas, legumes e verduras representam uma importante estratégia de promoção da saúde e de alimentação adequada e saudável, contribuindo para a melhoria do padrão alimentar e nutricional e para a redução de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

Agência Ideia Goiás – Flúor protege os dentes contra a decomposição e evita formação de cáries

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Agência Ideia Goiás - Flúor protege os dentes contra a decomposição e evita formação de cáries
Agência Ideia Goiás - Flúor protege os dentes contra a decomposição e evita formação de cáries. Imagem/Freepik

A pasta de dente com flúor é importante para diminuir a prevalência de cárie dentária. Todas as pessoas apresentam, em algum grau, perdas de minerais (desmineralização) dos dentes devido às flutuações do pH oral. Entretanto, o indivíduo exposto à alimentação não adequada, com excesso de açúcares e alimentos ultraprocessados e higiene bucal dificultada apresenta esse processo de perda dos minerais do dente ocasionando a cárie. Por isso, é importante que se utilize pasta fluoretada todos os dias durante a higiene bucal.

No Brasil, o flúor foi incorporado na pasta de dente a partir de 1988. Na semana do Dia Nacional da Saúde Bucal, o Ministério da Saúde esclarece que ele age como protetor das superfícies dentárias uma vez que, na sua presença, a desmineralização é dificultada, recompensando o retorno de minerais ao dente.

No momento da escovação, orienta-se que seja utilizado dentifrício fluoretado com no mínimo 1.000 ppm de flúor, pois os cremes dentais fluoretados são apontados como um dos fatores responsáveis pelo declínio da cárie dentária nos países desenvolvidos e no Brasil.

No entanto, para apresentar efeito anticárie, o fluoreto deve estar presente numa formulação quimicamente ótima, garantindo uma concentração mínima que tenha potencial para o controle da cárie dentária (Nota Técnica nº 1/2020 – CGSB/Desf/Saps/MS).

A ingestão de flúor em dosagens recomendadas pela legislação é segura. Ressalta-se que a ingestão crônica de flúor durante o desenvolvimento dos dentes pode levar à Fluorose Dentária, que se manifesta com mudanças visíveis de manchamento dentário.

Fique atento

Por outro lado, o flúor consumido em excesso apresenta toxicidade aguda ou crônica. A toxicidade aguda seria a resposta ao consumo de alta dosagem de flúor de uma única vez, quando, por exemplo, a criança consome altas quantidades de pasta de dente.

Por isso, é importante que a escovação seja realizada pelos responsáveis adultos até os 10 anos de idade, sempre atentos à quantidade correta de pasta dental a ser utilizada conforme a “Diretriz para Prática Clínica na Atenção Primária à Saúde: Higiene Bucal na Infância”.